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Opinião: A Diversidade e o Well-Being não são buzzwords!
Daniela Lima, Managing Partner da Swaifor e Coordenadora do Grupo Português do Well-Being da APG
Nos últimos tempos, a bem da verdade é que temos vindo a experienciar momentos de profundas mudanças, onde têm emergido novas formas de pensar e que impõem alguma rutura com os modelos vigentes. A visão disruptiva que o futuro nos apresenta, exige cada vez mais de nós como pessoas e profissionais. Fruto das profundas mudanças sociais e de mind set resultante da velocidade estonteante que as novas gerações e a tecnologia imprimem ao processo. É possível que nalgum destes dias possamos ser confrontados com um conjunto de buzzwords, que até então nunca o foram, mas que emergem como temas que requerem alguma reflexão cuidada da nossa parte.
Nesta miríade de buzzwords que proliferam nas conversas ou nas publicações da especialidade, a título ilustrativo (sim, claro que vou cair na tentação de enunciar algumas delas): a sustentabilidade, a atração e retenção de talento, o Well-Being, a diversidade, a felicidade, a igualdade de género, o Síndrome de Burnout, o stress, o work life/balance, os riscos psicossociais e o prepósito são preocupações comuns. Estes temas não se esgotam nem devem ser entendidos como uma moda, eles são importantes para as organizações porque são muito importantes para as Pessoas.
A minha área de especialidade é o Well-Being e, como tal, é vital compreender o fenómeno da diversidade em toda a sua extensão. Porquê? Porque o que satisfaz um colaborador, não satisfaz necessariamente outro colaborador. Isto sim, é o papel da diversidade e o desafio que os Head of People, os Diretores de Recursos Humanos, os gestores de recursos humanos e os técnicos de recursos humanos na seleção das opções mais adequados em matéria de Well-Being em contexto organizacional enfrentam de forma sistemática. Por isso, é comum ver que muitas das estratégias adotadas ao nível do Well-Being estarem condenadas ao fracasso. Em que medida? Exemplo muito prático, num programa de Well-Being desenhado por especialistas, está implícito que todos “temos de ser saudáveis fisicamente” (Wellness), porque tem impacto no nosso bem-estar individual. As organizações vão disponibilizar um conjunto de recursos aos seus coladores para serem saudáveis (ginástica laboral, programas em academias e ginásios, consultas com nutricionistas, ioga, mindfullness), porque é o que está preconizado (padronizado).
Mas, ainda assim não está a resultar, “porque as pessoas não aderem” dizem os responsáveis por estas áreas dentro das organizações! Isto coloca um conjunto de questões práticas: (1) será que tivemos em consideração a diversidade dos colaboradores em contexto organizacional?, (2) compreendemos o que as nossas pessoas apreciam de forma individualizada?, (3) quem são as pessoas com quem trabalhamos todos os dias?, (4) o Well-Being organizacional pode ser alavancado se apostarmos todas as fichas em programas do Wellness? e, por último mas não menos importante (5) como justificamos isto ao board depois de investirmos recursos e tempo?. A minha prática em contexto organizacional tem demonstrado que estas questões são pertinentes e confirmam no terreno que estas soluções estão longe de ser as ideais.
É vital compreender o que gostam as nossas Pessoas e, o que as faz sentir bem. É crucial fazer um trabalho sério, em que se utilizem o conjunto de ferramentas de assement que nos permitam fazer as melhores opções tendo em conta a diversidade das nossas Pessoas. Acredito, na visão holística do Well-Being, mas tendo em consideração as características individuais das pessoas e, o respeito por essa mesma diversidade. Se gostamos todos da prática de desporto como forma de repor os nossos níveis de equilíbrio e a diminuir os nossos níveis de stress, asseguro-vos que não! Mas, existe uma miríade de outras formas de descontrair e repor os nossos níveis de equilíbrio que as organizações podem adotar para os que não são adeptos destas práticas (jantar ou almoçar com os colegas, ter uma sala de jogos que promova o convívio social, trabalho remoto, soluções híbridas, semana de 4 dias, mais disponibilidade para a família ou tempo de lazer com qualidade).
Em suma, estes contextos de mudança são fantásticos, porque permitem a alteração do comportamento, dos valores, das prioridades das Pessoas e, consequentemente das organizações. A diversidade representa um fator decisivo em contexto organizacional, pois promove a criatividade e uma visão mais integrativa das Pessoas e o Well-Being Organizacional.