Conheça a Comissão de Sustentabilidade e ESG da APG

Sustentabilidade com Pessoas Dentro: o papel da Gestão de RH na transição ESG

Numa altura em que o compromisso com a sustentabilidade deixou de ser apenas um imperativo reputacional e passou a exigir ações concretas, a APG avança com a Comissão de Especialização em Sustentabilidade e ESG. O objetivo? Trazer os princípios ambientais, sociais e de governance para o centro da gestão de pessoas.

Nesta entrevista exclusiva, conhecemos de perto os pilares, ambições e áreas de ação desta nova comissão, que acredita que o futuro das organizações passa por líderes de RH preparados para uma economia mais justa, verde e ética.

Qual é a missão principal da vossa Comissão de Especialização?

A nossa missão é clara: colocar a Sustentabilidade e os princípios ESG (Environmental, Social, Governance) no centro da Gestão de Pessoas. Queremos que os profissionais de RH sejam agentes ativos na construção de organizações mais éticas, inclusivas e ambientalmente conscientes.

Acreditamos que os compromissos de sustentabilidade só se tornam reais quando traduzidos em práticas concretas de gestão de pessoas — com impacto mensurável e duradouro.

Que lacunas pretendem colmatar no setor?

Ainda há um desfasamento evidente entre a ambição ESG e a prática diária nas empresas. Queremos ultrapassar a dificuldade em operacionalizar esses compromissos — especialmente na forma como se recrutam, desenvolvem e cuidam pessoas. A nossa atuação foca-se em tornar a sustentabilidade uma prioridade transversal nos departamentos de Recursos Humanos, e não apenas um tema para os relatórios anuais.

Quais são os temas prioritários para o atual mandato?

Focamo-nos em três eixos principais:

  • Capacitação dos profissionais de RH como agentes da transição sustentável;

  • Integração efetiva dos critérios ESG nas práticas de talento, liderança, cultura e bem-estar;

  • Valorização do capital humano nos relatórios de sustentabilidade, como ativo estratégico e não apenas como indicador.

Além disso, estamos atentos a áreas emergentes como a economia regenerativa, inteligência climática organizacional e novas formas de medir o impacto social através de métricas de gestão de pessoas.

Como pretendem envolver os/as profissionais de gestão de pessoas?

Queremos que esta seja uma comissão aberta e participativa. Os profissionais podem juntar-se através de fóruns de escuta ativa, grupos de trabalho temáticos e iniciativas públicas como webinars, desafios práticos e publicações colaborativas.

Trata-se de um espaço de cocriação — onde todos os contributos contam. Valorizamos experiências reais, partilha de boas práticas e a construção conjunta de conhecimento.

Quais são os principais objetivos para este ano?

Temos três metas muito concretas:

  1. Criar um guia prático de Sustentabilidade e ESG para profissionais de RH;

  2. Organizar um fórum nacional dedicado ao Referencial ESG;

  3. Lançar o ciclo de eventos digitais “ESG na Prática – o papel dos Recursos Humanos”, que se estenderá até 2026.

De que forma estão organizados internamente?

Atualmente, somos sete membros e funcionamos em grupos de trabalho temáticos:

  • Governança e Ética

  • Social e Diversidade

  • Capacitação e Cultura Sustentável

Reunimo-nos semanalmente numa fase inicial, com transição planeada para encontros quinzenais. Realizamos também plenários mensais para alinhar estratégias com a Direção da APG e as restantes comissões.

Que tipo de iniciativas estão em curso?

Estamos a preparar:

  • Estudos de benchmarking com empresas portuguesas;

  • Webinars com especialistas e partilha de casos práticos;

  • Publicações técnicas e artigos de opinião;

  • Parcerias com universidades e entidades do setor social e público.

Como articulam o vosso trabalho com outras comissões e entidades externas?

Promovemos uma articulação constante com outras Comissões da APG, sempre que os temas são transversais. Além disso, estamos a criar sinergias com organizações como o BCSD, GRACE, APEE, Global Compact Network Portugal, universidades e plataformas ESG.

Queremos posicionar a APG como um elo entre o conhecimento técnico e a sua aplicação prática — dentro e fora do setor.

Quais têm sido os maiores desafios?

Traduzir conceitos muitas vezes abstratos ou normativos em práticas acessíveis e aplicáveis é, sem dúvida, o maior desafio. Outro aspeto crítico é garantir que o nosso trabalho impacta empresas de todas as dimensões — não apenas as grandes organizações com equipas dedicadas à sustentabilidade.

E a vossa maior ambição?

A nossa ambição é posicionar a APG — e os profissionais de RH — como protagonistas da transição sustentável. Queremos que a gestão de pessoas seja parte ativa da mudança, com consistência, ação e propósito.

Uma mensagem final?

A sustentabilidade começa — e sustenta-se — nas pessoas.
Os profissionais de gestão de pessoas têm um papel estratégico na construção de organizações mais humanas, resilientes e conscientes.

Esta Comissão é um espaço de inspiração, compromisso e cocriação.


Junte-se a nós para transformar o presente e influenciar, com coragem, o futuro.

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