Entrevista com a Comissão de Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento da APG

Aprender para transformar: o compromisso da CEAD-APG com o futuro da gestão de pessoas em Portugal

Num mundo onde a única constante é a mudança, o papel da aprendizagem ganha uma relevância sem precedentes. A Comissão de Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento (CEAD) da APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas – nasce com uma missão clara: transformar a forma como se aprende, se cresce e se lidera no universo das pessoas e das organizações.

Nesta entrevista, damos a conhecer os eixos estratégicos, prioridades e ambições da CEAD, bem como o apelo claro que deixa a todos os profissionais de recursos humanos: a aprendizagem é, hoje, o ativo mais valioso de uma organização – e só juntos conseguiremos construir uma cultura de desenvolvimento verdadeiramente transformadora.

Qual é a missão principal da vossa Comissão de Especialização?

A missão da Comissão de Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento (CEAD) é impulsionar a transformação da gestão de pessoas em Portugal, promovendo uma cultura de aprendizagem contínua, sustentável e colaborativa.

Pretendemos criar pontes entre conhecimento, prática e propósito, aliando inovação, tecnologia e humanismo para capacitar os/as profissionais de RH a serem agentes de mudança no novo cenário do trabalho.

Que lacuna ou necessidade do setor pretendem colmatar?

Tencionamos colmatar a fragmentação existente entre a formação tradicional e os desafios reais do presente e do futuro.

Queremos ser o espaço onde se discutem tendências, se partilham boas práticas e se constroem soluções com impacto concreto, centradas no desenvolvimento integral das pessoas e na preparação das organizações para um mundo em constante mutação.

O nosso foco é preencher o hiato entre a teoria e a prática, oferecendo ferramentas e insightspara que as organizações não só acompanhem a evolução, mas a liderem.

Quais são os temas prioritários que a Comissão pretende trabalhar no atual mandato?

Vamos focar-nos em metodologias inovadoras de aprendizagem, desenvolvimento de competências-chave, integração de tecnologias disruptivas na formação e promoção da aprendizagem ao longo da vida.

Apostamos também no reforço da cultura de aprendizagem dentro das organizações, com ênfase nos modelos 70:20:10 e na neurociência aplicada à formação para otimizar o potencial humano.

Existem áreas emergentes que gostariam de explorar mais a fundo nos próximos meses?

Claro que sim! Queremos aprofundar o impacto da inteligência artificial (IA) na aprendizagem, explorar o papel das emoções e do cérebro nos processos de desenvolvimento e estudar novas formas de aprendizagem informal e colaborativa.

A criação de comunidades de prática e laboratórios de inovação será também centralimpulsionando a cocriação e o intercâmbio de conhecimento.

Como pretendem envolver os/as profissionais de gestão de pessoas nas vossas atividades?

O nosso principal objetivo visa a promoção de um movimento de cocriação.

Vamos lançar questionários interativos, dinamizar grupos de trabalho, fóruns, encontros informais, talks inspiradoras, podcasts e outras iniciativas participativas.

A voz dos/as profissionais será o motor da nossa ação.

De que forma os associados podem contribuir ou participar ativamente na comissão?

Podem juntar-se aos grupos de trabalho temáticos, propor temas e partilhar práticas, participar nas atividades promovidas (webinares, encontros, podcasts, entre outros) e ajudar-nos a mapear desafios e tendências emergentes.

A CEAD é um espaço aberto, colaborativo e dinâmico, no qual todas as contribuições contame onde o seu impacto é valorizado.

Quais são os principais objetivos da Comissão para este ano?

Queremos mapear as necessidades reais dos profissionais, identificar quick-wins com impacto, lançar um ciclo de eventos disruptivos, fortalecer a Academia APG e iniciar projetos que posicionem a APG como referência nas tendências de aprendizagem e desenvolvimento em Portugal.

Que tipo de impacto esperam ter no ecossistema de gestão de pessoas em Portugal?

Esperamos ser catalisadores de mudança, influenciando práticas, promovendo conhecimento acessível e útil e contribuindo para que as organizações portuguesas desenvolvam culturas de aprendizagem fortes, humanas e adaptáveis.

Ambicionamos fazer da aprendizagem um ativo estratégico para o país.

Como está organizada a comissão internamente? Há grupos de trabalho, reuniões regulares, eventos específicos?

A comissão reúne-se regularmente, com uma agenda clara e objetivos definidos.

Estamos a estruturar grupos de trabalho temáticos e dinâmicos, bem como encontros regulares (formais e informais) com associados/as e parceiros.

A colaboração é um dos nossos pilares.

Que tipo de iniciativas (estudos, webinars, publicações, encontros) estão a ser planeadas?


Planeamos lançar inquéritos, podcasts, webinars, mesas-redondas, programas de mentoria, fóruns temáticos, ações informais como as “APG Talks”, entre outros formatos.

Queremos também publicar conteúdos inspiradores, estudos de tendências e criar uma biblioteca digital para partilha de conhecimento.

De que forma a vossa comissão articula o seu trabalho com outras comissões ou com a Direção da APG?

Temos uma relação estreita com a Direção da APG, aliás a CEAD conta igualmente com a participação de membros da Direção, e procuramos alinhar iniciativas com outras comissões, criando sinergias, evitando redundâncias e promovendo ações conjuntas.

Um dos nossos objetivos é articular e partilhar o conhecimento gerado em todas as comissões, otimizando o impacto global da APG.

Existem sinergias que gostariam de reforçar dentro ou fora da APG?

Queremos reforçar parcerias com instituições académicas, empresas, startups de edtech e especialistas em aprendizagem e desenvolvimento.

Dentro da APG, desejamos criar um ecossistema colaborativo entre comissões, maximizando o impacto coletivo.

Quais têm sido os maiores desafios no vosso percurso até agora?

O maior desafio tem sido garantir uma escuta ativa e profunda dos diversos públicos da APG, num setor com necessidades distintas e em constante transformação.

Outro desafio é a própria velocidade da mudança, tecnológica e social, bem como a necessidade de nos posicionarmos com agilidade e relevância.

Que ambições têm para a evolução da comissão e para o setor a nível nacional?

Queremos tornar a CEAD uma referência nacional em tendências de aprendizagem e desenvolvimento.

Ambicionamos influenciar políticas organizacionais, posicionar a APG como voz ativa e influente neste domínio e contribuir decisivamente para uma cultura de desenvolvimento contínuo e sustentável no país.

Que mensagem gostariam de deixar aos profissionais de gestão de pessoas sobre a importância do trabalho da vossa Comissão?

Num mundo em constante transformação, a aprendizagem é o novo capital estratégico e a chave para a sustentabilidade.

A Comissão de Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento é um espaço de futuro – um laboratório de ideias, práticas e conexões.

Convidamos todos/as os/as profissionais a juntarem-se a nós neste compromisso: transformar pessoas para transformar organizações e construir, juntos, o futuro da gestão de pessoas em Portugal.

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